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11/10/2019
09:28
MP INVESTIGA ESQUEMA QUE VENDIA ARROZ COM INSETOS, LARVAS E FEZES DE RATO NO RS E SC

O Ministério Público do Rio Grande do Sul realizou uma operação na manhã desta quinta-feira, dia 10, contra uma fraude na comercialização de arroz. Conforme o órgão, o esquema consistia na venda do produto, até mesmo com insetos, larvas e fezes de rato, para o Sudeste, principalmente para São Paulo e Rio de Janeiro.

 

Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária contra integrantes da organização suspeita de praticar crimes de sonegação fiscal, adulteração de produto alimentício e contra as relações de consumo. Três pessoas foram presas durante a operação. O quarto suspeito está foragido.

 

Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em empresas e residências nas cidades gaúchas de Cerro Branco, Novo Cabrais, Cachoeira do Sul, Candelária e Ibiraiaras, além de Sombrio, em Santa Catarina. Foram apreendidos ainda três caminhões.

 

Segundo o MP, a investigação apurou que 11 pessoas são suspeitas de participarem do esquema de compra do arroz, diretamente de produtores gaúchos, sem a identificação de procedência para beneficiamento e empacotamento, com mistura de diferentes tipos de grãos em desacordo com a legislação vigente.

O MP detectou durante a investigação a venda das marcas Dio Santo, Meio-Dia, Danata, 5 Estrelas, Riatto, Imperador Rio, Grão D’Ouro, Grão Ouro, Risoleti, Super Mar e Super Compras, todas comercializadas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

 

"Ainda está no local fazendo verificação, talvez ainda outras marcas venham a ser conhecidas", afirmou o o coordenador da operação, Alcindo Luz Bastos, em entrevista coletiva por volta das 11h30 desta quinta.

 

Ainda conforme o MP, as empresas beneficiadoras gaúchas atuam irregularmente no mercado e, em inúmeras vezes, realizam venda sem nota fiscal. Além disso, ocorria a prática conhecida como "gotejamento": a diluição de arroz de má qualidade em cargas maiores, com produto dentro dos padrões exigidos.

 

A compra dos resíduos de arroz era prática da organização criminosa para misturar a grãos em melhores condições e conseguir maior lucro na venda final. Ao negociar a venda, os suspeitos substituíam o arroz por produto de marcas concorrentes. As investigações dão conta de que os suspeitos compraram embalagens velhas e há indicativo de que eles as tenham lavado em um rio para posteriormente colocar o arroz.

 

A Justiça também atendeu o pedido do MP para bloqueio de contas bancárias de todos os investigados e das empresas que teriam participação no esquema, além de ter decretado a impossibilidade de venda de diversos veículos dos suspeitos.

 

Do G1 / Foto: MP

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