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02/04/2019
10:32
MORTE DE HENZEL SERVE DE ALERTA PARA QUEM PRATICA FUTEBOL

A morte do jornalista Rafael Henzel, aos 46 anos, na última terça (26), vítima de um infarto sofrido enquanto jogava futebol, serve de alerta para muitos ‘peladeiros’ que gostam do esporte. Afinal é bom bater uma bolinha, não é?

“É a doença que mais mata no Brasil e é muito negligenciada”, afirma o Dr. Sergio Timerman, coordenador do Centro de Treinamento de Emergências da Sociedade Brasileira de Cardiologia, sobre problemas no coração.

Quem acredita que jogar apenas uma ‘pelada’ no fim de semana é uma boa, está muito enganado. Os especialistas chamam a atenção: não praticar exercício durante a semana e se esforçar numa partida de futebol é perigoso.

“Futebol é um exercício bem mais intenso. Recomendamos um exercício moderado, como uma caminhada, por exemplo. Se disser que joga futebol de três vezes por semana, não exagera, é um exercício bom. Mas se não faz exercício e joga no fim de semana, não é recomendado”, explica o Dr. Leopoldo Piegas, coordenador do Programa de Infarto Agudo do Miocárdio do Hospital do Coração, em São Paulo.

“Importante é a regularidade, não a intensidade. Intensidade é para quem tem condicionamento físico. Numa pelada, muitas vezes, o exercício fica mais intenso. Isso não é benéfico”, explica o Dr. Sergio.

“É necessário fazer uma avaliação clínica, pelo menos uma vez ao ano, na qual fazemos um eletrocardiograma e uma prova de esforço”, lembra Dr. Leopoldo.

Para quem tem mais de 40 anos, principalmente do sexo masculino, é importante fazer o “check-up” anual. Mas não se pode esquecer dos fatores de risco, que precisam ser observados com maior cuidado.

Fatores de risco

Histórico de doenças do coração na família, sobrepeso, pressão alta, colesterol alto, diabetes, sedentarismo e uso de cigarro. Cada um desses são fatores que podem oferecer ainda mais risco de infarto. Nesses casos, é bom procurar um médico mesmo antes dos 40 anos.

“Quanto mais fatores, maior probabilidade de problema”, afirma Timerman, que recorda ainda de outro elemento por vezes negligenciado: o estresse.

“Um fator importante (na morte de Henzel) pode ter sido o desastre. Muitas vezes, um fator negligenciado é o estresse, a depressão. Ele passou por um estresse altíssimo no acidente, vários amigos morreram. Estresse mata e não pode ser negligenciado. É um fator que pode ter colaborado”, opina.

Para se prevenir, é preciso levar uma vida saudável. Fazer exercícios moderados ao menos três vezes por semana, evitar consumir muitos alimentos gordurosos, beber álcool com parcimônia e não fumar são atitudes importantes.

 

Fonte:Oeste em Foco

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